quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Retalhos do meu ser

Sou um ser em constante mutação.

Mudanças de comportamento, de pensamento e de convicção são as únicas constantes no meu dia-a-dia.

Às vezes tento imaginar alguém a me observar, dia após dia, tentando entender esse mosaico que se forma em minha pessoa.
Montar as peças desse quebra-cabeças de minha alma pode ser mais difícil do que possa parecer à primeira vista. As bordas podem ser claras e distintas, sólidas, fáceis de encontrar. Mas a medida que a imagem tenta ganhar profundidade, as peças tornam-se difusas e confusas. Quanto mais se pensa que está no caminho certo mais embaralhadas elas ficam diante de seus olhos.

É engraçado e ao mesmo tempo estranho olhar ao redor e perceber que poucos são os que verdadeiramente te conhecem. É divertido poder usar uma máscara diferente a cada dia e ter certeza de que ninguém saberá distinguir qual é a verdadeira face. Esse abismo entre o que é real e o que é superficial se torna cada vez mais a marca de uma geração, de um século, de uma era da história da humanidade.

Um grande poeta costumava dizer que "o mal do século" era a solidão, mas - não discordando totalmente dele - acho que uma das principais causas desse "mal" é esse abismo que se abre entre as pessoas. O não saber em que acreditar afasta as pessoas, resfria os corações. Destrói.

Pensamentos soltos que fazem de minha mente e alma uma grande colcha de retalhos, que algumas vezes se combinam, outras vezes se contrastam, mas sempre se completam, me completam.

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